segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Operação Nariz Vermelho

Quais os tratamentos actualmente disponíveis para o cancro?

Hoje em dia, existem várias opções de tratamento para o cancro. Estes tratamentos incluem a cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapêutica hormonal e imunoterapia. Pode, ainda, ser considerado um transplante de células estaminais (indiferenciadas), para que a pessoa possa receber doses muito elevadas de quimioterapia ou radioterapia.
O ideal, tendo em conta a diversidade molecular dos tumores, será recorrer à associação de diferentes agentes, de diferentes opções terapêuticas, de forma a maximizar o benefício terapêutico final. A investigação deverá optimizar a utilização conjunta destes agentes.
Na maioria dos casos, o factor mais importante e determinante na escolha do tratamento é, sem dúvida, o estado da doença, ou seja, a fase de desenvolvimento do tumor.
Muitas vezes o objectivo do tratamento é a cura, noutras é controlar a doença ou atenuar os sintomas, durante o maior período de tempo possível.
O plano de tratamento pode, no entanto, sofrer alterações ao longo do tempo. Alguns tipos de tumores respondem melhor a um só tipo de tratamento, enquanto outros podem responder melhor a uma associação de medicamentos ou mesmo de modalidades de tratamento.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Morreu Afonso Couto, de 7 anos, vítima de leucemia

Afonso Couto, de 7 anos, não conseguiu resistir às complicações que se seguiram ao transplante de medula óssea e morreu, esta quarta-feira, pelas 13h30.

O filho do piloto de automóveis André Couto estava internado há cerca de duas semanas nos cuidados intensivos do Hospital de S. João, no Porto.
Em Maio, a criança encontrara um dador de medula compatível que lhe dera a esperança para continuar a viver, através de uma mulher alemã, que poderia por fim à leucemia lingoblástica aguda que tinha sido diagnosticada ao menino em Outubro de 2009.
Segundo Isabel Saraiva, tia do menino, o Afonso recebeu o transplante a 21 de Maio, mas acabou por ter uma recaída que o obrigou a fazer novo ciclo de quimioterapia no Instituto Português de Oncologia (IPO).
A criança não resistiu às complicações que se seguiram ao tratamento. Há duas semanas que estava internado nos cuidados intensivos do Hospital de S. João, no Porto. A família ainda não decidiu sobre o funeral que poderá vir a realizar-se em Macau, de onde a criança era natural.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Poucas horas entre diagnóstico e morte

"Paulo, de sete anos, deu entrada no hospital D. Estefânia com sintomas de dores de garganta na segunda-feira. No espaço de alguma horas foi-lhe diagnosticada uma leucemia rara e acabou por morrer. A evolução da doença foi fulminante. Filomena Pereira, directora do serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, explica que neste tipo de leucemias há uma aparecem muitas células com potencial para causar hemorragias e foi isso que aconteceu no caso da criança, filho do director de comunicação Paulo Sousa e Costa. "A criança não chegou tarde ao hospital, mas é um processo tão agudo e tão agressivo que não há nada a fazer", acrescenta a médica do IPO."

24 de Setembro de 2010

Livro sobre crianças que terminam tratamento contra o cancro

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bactéria pode ajudar no desenvolvimento de medicamentos contra o cancro

Cientistas das universidades de Glasgow e Massachusetts descobriram um novo mecanismo pelo qual a bactéria salmonela infecta os homens. De acordo com a equipa de investigadores, a descoberta pode ser usada para desenvolver um método mais eficiente para matar células do cancro, avança o site Ciência Diária.
Os investigadores descreveram como a salmonela usa a caspase-3, uma enzima produzida pelas células do hospedeiro, para aumentar a inflamação no local da infecção. Normalmente, a caspase-3 tem um papel muito importante no corpo: remover células danificadas ou com mau funcionamento do sistema através de um sistema conhecido como “morte programada”. Este processo é frequentemente defeituoso em células cancerígenas.
A equipa demonstrou que a proteína SIPA da bactéria salmonela é responsável por induzir a activação da caspase-3 dentro da célula hospedeira. “A novidade desta pesquisa é que descobrimos como as bactérias minam a célula hospedeira e a dominam para processar as toxinas bacterianas em pequenas unidades funcionais”, explica Dónal Wall, de Glasgow. “As bactérias entregam grandes toxinas na células e depois usam a enzima de acolhimento, a caspase-3, para dividir estas proteínas Estas toxinas podem ir para diferentes partes da célula para realizar as suas funções”.
Para a equipa de investigação, o conhecimento de como a salmonela invade as células do hospedeiro induzindo a caspase-3 poderia ser explorado na terapêutica do cancro, já que seria possível activar a morte programada de células com defeito logo nos estágios iniciais.

 
2010-10-27, 12h11min em
 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Associação Acreditar

A Acreditar é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que pretende ajudar as crianças e as respectivas famílias a superar melhor os diversos problemas que se colocam a partir do momento em que é diagnosticado o cancro, contribuindo para fomentar a esperança.
Há, de facto, razões para fundamentar essa esperança: actualmente, cerca de 70% dos cancros infantis pode ser totalmente curada e cada dia que passa se registam progressos na luta contra a doença. A Acreditar vive essencialmente dos apoios dos seus associados e amigos, do trabalho de voluntários e de um reduzido corpo de pessoal administrativo que assegura a sua gestão corrente.
O seu trabalho reparte-se por Núcleos Regionais: Norte (Porto), Centro (Coimbra), Sul (Lisboa) e Madeira (Funchal), correspondentes aos centros urbanos onde existem hospitais de oncologia pediátrica.
A Acreditar é membro fundador da ICCCPO (Confederação Internacional das Associações de Pais de Crianças com Cancro).

Porque o cancro pode ter cura - Reportagem RTP



"O cancro é traiçoeiro, como um caçador furtivo, como um snipper ou um terrorista... nunca se sabe onde vai atacar nem quando, nem qual é a vítima que escolhe."

Vanessa Barbosa, o testemunho mais presente no nosso documentário


«Tudo começou com uma ida a um médico particular, devido a encontra-me com febres bastantes elevadas (40 graus), inicialmente este nada de concreto sabia dizer, por isso enviou-me naquela mesma noite ir ao hospital local (Hospital de Santo Tirso) para que pudesse ser observada com mais condições, no hospital apenas detectaram que era um problema de garganta, então recomendam-me voltar lá no dia seguinte, para ser novamente observada por um otórrino. A minha mãe assim o fez, no dia seguinte, lá estava eu no hospital, para ser consultada por aquele médico que ao que tudo indicava, me iria dar uma solução. Fui analisada e o médico detectou que as minhas amígdalas estavam completamente negras, e por isso tinha que ser operada, mandou-me embora para tratar dos papéis para a operação, quando por sinal, fui a casa de banho (já fora do hospital), e urinei sangue, a minha mãe levou-me de imediato para o hospital, e tudo se agravou aí...
Depois de fazer vários exames, souberam logo o que era, leucemia, dia 20 de Outubro de 1998, vai ficar marcado para sempre na minha vida. Fui de imediato transferida para o hospital São João, onde confirmaram o diagnóstico, e acrescentaram que era um linfoma de burkitt ou de outro modo leucemia linfóide.
A minha casa naquele momento era outra, fiquei logo internada, iniciei a quimioterapia, uma quimioterapia de tal maneira forte e desgastante, que logo no primeiro ciclo me caiu cabelo, pestanas, unhas, a pele do interior da boca... fiquei completamente devastada. Só voltei a sair do hospital dois meses depois, depois de ter completado dois ciclos de quimioterapia e duas pls (onde dava imenso trabalho, visto que de todas a vezes que fazia, tinha que ir ao bloco operatório com anestesia geral, porque estava demasiado sensível para aguentar com mais sofrimento). Dia 23 de Dezembro de 1998, a primeira vez que fui para a minha “nova” casa, vi todas as minhas coisas, os meus brinquedos, mas fiquei completamente isolada, não queria ver nem falar com ninguém, não queria que tivessem pena de mim de alguma forma, passei um Natal animado com a minha família em casa, mas no dia 26 lá estava eu de volta aquele inferno, lá ia tudo começar de novo, o Natal correu muito bem mas fiquei de tal modo debilitada que no ano novo, já nem pude sair cá fora.
Depois de dois ciclos os médicos já poderiam fazer um “balanço”de tudo o que se estava a passar, tinha 70% de probabilidade de cura, mas tinha que lutar bastante por eles.
Fui uma doente de certa forma complicada, fazia reacções a tudo, estava sempre com febre, não comia (andava sempre com a parentérica), tinha desejos alucinantes com batatas cozidas, que acabava por não comer (com apenas 6 anos, tinha perdido 13kg), tive a sorte de ter comigo uma equipa magnífica que me faziam de tudo para me animar, pela minha vida passaram pessoas magníficas como a Dra. Lucília Norton, Dra. Laurentina, o meu grande Dr. Nuno Farinha (a quem tenho que agradecer mais que tudo, porque nos dias de hoje, mesmo passados 12 anos ele continua a preocupar-se comigo), Enfermeira Filipa, Enfermeira Joana, Enfermeira Luísa, Enfermeira Judite...
Passados 8 meses, 8 ciclos de quimioterapia, tudo tinha acabado... No dia 19 de Maio de 1999, eu tive alta, estava finalmente apta para vir para a minha tão desejada casa.
Evidentemente tinha que ir ao hospital todos os dias repor os valores de glóbulos vermelhos, plaquetas... para conseguir ter valores estáveis
Finalmente, em 2004 fui dada como curada, tudo já tinha passado, eu tinha sido a grande vitoriosa, eu venci.
Hoje em dia continuo a ir a consultas de rotina, mas talvez pior gosto, eu gosto mesmo daquele mundo, um dia gostaria de lá estar a lidar com crianças como eu (gostava de ser medica oncológica pediátrica, se conseguir...), o bichinho ficou cá dentro, quero fazer aos outros tudo o que me fizeram a mim.
Agradeço aos meus pais acima de tudo porque estiveram sempre lá, ao Dr. Nuno, e a todas as pessoas especiais que passaram pela minha vida.»

Vanessa Barbosa
Janeiro 2010, em testemunhos e opiniões, oncologiapediatrica.org

Afinal, o que é o cancro?

Apresentação

Esta página é regida por quatro alunas do 12º ano da Escola Secundária de Alfena que, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, desenvolveram um trabalho com a temática "Oncologia Pediátrica".
Tudo começou no dia 17 de Setembro de 2010, logo no ínicio do ano lectivo, onde, logo na primeira aula relativa a esta disciplina, as quatro havíamos já decidido o nome do projecto, uma vez que esta temática é minimamente apoiada pelos interesses curriculares de cada uma das alunas em questão. Após aprovação do professor, Nuno Tavanez, ao qual achamos importante fazer referência, deliberamos que não havia tempo e que desde logo deveríamos por em prática todas as ideias que tínhamos para finalizar este projecto anual.
Mediante este facto, este blog destina-se a divulgar não só o projecto em si como tambem a área médica retratada, que é muita das vezes negligenciada pela população em geral no intuito de ainda existir um certo tabu em relação ao cancro.
Agradecemos desde já a colaboração de todos aqueles que possam vir a visitar este nosso blog e prometemos um resultado que não desiluda os que passaram pelas situações que pretendemos descrever.

Atentamente,
Margarida Mota
Joana Martins
Vanessa Barbosa
Vera Casimiro