sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Metásteses

Novo Hospital Pediátrico de Coimbra abre finalmente no fim-de-semana



Depois de vários atrasos e de uma derrapagem de 8,5 milhões de euros, o novo edifício do Hospital Pediátrico de Coimbra vai finalmente arrancar em pleno na segunda-feira, mas as mudanças começam já esta tarde, quando às 16h00 as consultas externas do antigo edifício terminarem.
Os doentes do internamento, cuidados intensivos e urgência começam a ser transportados amanhã de manhã para o novo Pediátrico do Centro Hospitalar de Coimbra, sendo que as urgências começam a funcionar a partir das 16h00 de amanhã. Até lá, o serviço mantém-se no edifício antigo e pede-se à população para só recorrer às urgências em caso de absoluta necessidade, para se evitarem dificuldades na mudança.
“Este é um hospital ao serviço da população e, por isso, apelamos para que sejam compreensivos e cooperativos neste processo, devendo dirigir-se às urgências do Pediátrico, por motivos de força maior, neste período de transferência”, apela a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Coimbra, Rosa Reis Marques, num comunicado. O antigo pediátrico, em funcionamento desde 1977, poderá acolher o Centro de Saúde e as unidades de saúde familiares de Celas.
Uma obra da Administração Regional de Saúde do Centro, o Hospital Pediátrico de Coimbra, com mais de 150 camas, situado no Alto da Baleia, é a primeira unidade deste género a ser construída de raiz em Portugal.
A unidade vai prestar cuidados hospitalares integrais a crianças e adolescentes dos zero aos 18 anos, em enfermarias devidamente adaptadas às necessidades específicas das diferentes idades das crianças e adolescentes, e conta com valências como Pedopsiquiatria – que até agora funcionava num edifício à parte – e de mais equipamento e instalações para serviços como Medicina Física e de Reabilitação e Imagiologia. Tem ainda uma enfermaria de oncologia pediátrica para toda a região centro e um Centro de Procriação Medicamente Assistida.
A obra rondou os 92 milhões de euros, sofreu vários atrasos por terem sido encontradas linhas de água no subsolo e, mesmo assim, abre sem o acesso à circular externa estar feito, o que cria constrangimentos já que a circulação só se pode fazer pela circular interna. Além disso, o edifício está pronto desde 2009 mas só agora pode abrir já que, segundo a Administração Regional de Saúde do Centro, faltavam abrir alguns concursos para a instalação de equipamentos e realização de ensaios técnicos.

28/01/2011 - 09:57 Por Romana Borja-Santos